Vista aérea da Amazônia. A umidade produzida na floresta é muito importante para o clima no Brasil
Os ventos elísios levam a umidade do Oceano Atlântico para a floresta da Amazônia, ao iniciar o ciclo das chuvas na região. A mata densa desta grande retém umidade sobre o solo e debaixo das copas de suas árvores. Com a ação do sol tropical a floresta protagoniza a evapotranspiração por toda a região amazônica. Assim são formados os rios voadores, que pela ação dos ventos migram para a Cordilheira do Andes - um imenso paredão de 4 mil metros de altura e 7 mil quilômetros de extensão, na costa oeste da América do Sul. Ali, transformam-se em chuvas e geleiras que abastecem as cabeceiras dos rios amazônicos. Partes dos rios voadores são rebatidas pelos Andes e se direcionam para o Centro-Oeste e Centro-Sul do Brasil. Os rios voadores em contato com frentes frias que vem do sul do continente precipitam-se em forma de chuvas sobre estas partes do Brasil. Os desmatamentos da floresta amazônica colocam e risco este sistema
natural de distribuição das chuvas no continente sul americano. Sem este fenômeno esta região seria algo parecido com um deserto.
Os Rios Voadores são uma espécie de curso d’água invisível que circula pela atmosfera. Trata-se da umidade gerada pela Amazônia e que se dispersa por todo o continente sul-americano. As principais regiões de destino são o Centro-Oeste, Sudeste e o Sul do Brasil, de forma que alguns pesquisadores afirmam que, sem essa umidade, o ambiente dessas regiões transformar-se-ia em algo parecido com um deserto.
Os Rios Voadores são uma espécie de curso d’água invisível que circula pela atmosfera. Trata-se da umidade gerada pela Amazônia e que se dispersa por todo o continente sul-americano. As principais regiões de destino são o Centro-Oeste, Sudeste e o Sul do Brasil, de forma que alguns pesquisadores afirmam que, sem essa umidade, o ambiente dessas regiões transformar-se-ia em algo parecido com um deserto.
A origem dos rios voadores acontece da
seguinte forma: as árvores da Floresta Amazônica “bombeiam” as águas das
chuvas de volta para a atmosfera, através de um fenômeno denominado evapotranspiração,
ou seja, a água das chuvas que fica retida nas copas das árvores
evapora e permanece na atmosfera em forma de umidade. É exatamente essa
umidade que forma os rios voadores.
Para se ter uma ideia da umidade gerada
por esse processo, o INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia)
estima que uma árvore de 10 metros de diâmetro possa produzir mais de
300 litros de água por dia, mais do que o dobro de água que uma pessoa
utiliza diariamente para beber, cozer alimentos, tomar banho etc. Uma
árvore de 20 metros, por sua vez, pode bombear mais de 1.000 litros de
água por dia.
Considerando que na Amazônia existem mais de 600 milhões de árvores, é possível se ter uma ideia da grandeza desse fenômeno!
Os rios voadores abastecem o Rio Amazonas
Alguns pesquisadores apuraram que os
rios voadores contribuem diretamente na formação das nascentes dos
cursos d’água que formam o grande Rio Amazonas. Isso porque toda essa
umidade gerada pela floresta é transportada pelos ventos em direção à
Cordilheira dos Andes, um imenso “paredão” de quase 4.000 metros de
altitude que funciona como uma espécie de barreira para as frentes
úmidas.
Ao barrar toda essa quantidade de vapor
d’água, parte dela se precipita na forma de chuvas ou neve, que vão
contribuir para a formação de rios e nascentes de importantes cursos
d’água da região da costa do Peru, inclusive aqueles que dão origem ao
Rio Amazonas.
Os rios voadores e o clima no Brasil
Como já dissemos, os rios voadores
interferem no clima da maior parte do território brasileiro. Isso porque
a umidade do ar que é barrada pela Cordilheira dos Andes e que não se
precipita é “rebatida” de volta para o continente, fornecendo umidade
para as demais regiões do país.
É exatamente essa umidade, a qual se dá o
nome de Rios Voadores, que dá origem às chuvas e contribui para
amenizar o clima em algumas regiões com temperaturas mais elevadas.
Estima-se que a vazão dos rios voadores
seja igual ou superior à vazão do Rio Amazonas, que é o maior do mundo e
transporta 200.00m³ de água por segundo!
O que se observa, nesse processo, é a
importância da preservação da Floresta Amazônica. Caso a fronteira
agrícola do país continue se expandindo, as consequências poderão ser
extremamente severas, inclusive, para a própria agricultura, que não
contará mais com o mesmo regime de chuvas para o abastecimento da
produção. Além disso, a tendência é que o ar que respiramos fique mais
seco e as temperaturas se elevem, sobretudo nas regiões mais próximas à
Linha do Equador.
Obs. O termo “rios voadores” foi popularizada pelo prof. José Marengo do CPTEC.
Ângelo Rosa Ribeiro é ex-Secretário de Agricultura de Goiás e atual Superintendente de Gestão, Planejamento e Finanças da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Goiás.
Links de sites relacionados ao tema.
CPTEC – Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos: www.cptec.inpe.br
INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais: www.inpe.br
INPA – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia: www.inpa.gov.br
LBA – Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia : lba.inpa.gov.br/lba/
IMAZON – Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia: www.imazon.org.br
Obs. O termo “rios voadores” foi popularizada pelo prof. José Marengo do CPTEC.
Ângelo Rosa Ribeiro é ex-Secretário de Agricultura de Goiás e atual Superintendente de Gestão, Planejamento e Finanças da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Goiás.
Links de sites relacionados ao tema.
CPTEC – Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos: www.cptec.inpe.br
INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais: www.inpe.br
INPA – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia: www.inpa.gov.br
LBA – Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia : lba.inpa.gov.br/lba/
IMAZON – Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia: www.imazon.org.br