sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Os perigos do narcoporto boliviano no Paraná



O ex-presidente Lula recebe presente do vice-presidente boliviano Álvaro García Linera durante seminário no Instituto Lula, em São Paulo - 05/10/2015
                     

   
         Na foto, o ex-presidente Lula recebe presente do vice-presidente boliviano Álvaro García Linera durante seminário no Instituto Lula, em São Paulo. O político boliviano está na mira da DEA, a agência antidrogas dos Estados Unidos.


   
       O narcoestado bolíviano ganhou o direito de exportar pelo porto de Paranaguá. Antes, fazia isso pelo Chile, onde o país tem o mesmo benefício. A medida aprovada pelo Congresso foi apresentada pelo governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2007 para agradar o colega Evo Molares,da Bolívia, que havia sido eleito um ano antes.


        O que define um narcoestado é a forma como o aparato estatal é usado para acobertar e, sobretudo, fomentar os negócios associados ao tráfico de drogas. A Bolívia tem a máquina estatal atrelada ao tráfico e dezenas de toneladas de cocaína escondidas em contêiners despachados por membros do governo.


             No mês passado, uma ação judicial movida nos EUA coloca sob mira uma série de autoridades do círculo próximo do presidente Evo Morales. A mais importante delas é o seu vice-presidente Álvaro García Linera, que aparece em foto recente, em seminário do Instituto Lula, em São Paulo.


                Há dois meses, o Brasil aprovou uma lei com que pode incrementar de forma exponencial a capacidade do narcoestado boliviano de traficar cocaína. O Congresso brasileiro autorizou o país vizinho a abrir um Depósito Franco no Porto de Paranaguá. Com isso, a Bolívia poderá usar as instalações do porto paranaense para o envio e recebimento de suas cargas.

Extraído de Veja, em 20/10/2015.